Quem
fará real oposição ao prefeito Juviano Lincoln nesses tempos em que os partidos
se dissolvem na agonia de suas ânsias e as lideranças não lideram nem uma parca
paciência quanto a fazer um trabalho duradouro? Quem? ― pergunto eu aos meus botões.
Quando falo em oposição refiro-me a projeto político-administrativo com
inserção social, ou seja, algo maduro, grupal, construído no cotidiano junto do
povo e de suas organizações, algo a que, mesmo que discordemos ideologicamente,
reconheçamos como algo louvável.
Não
haverá tal oposição, creio, pois o reducionismo a que a política partidária
está amarrada é de tal ordem que não há como compor grupo coeso e duradouro,
fiel a uma plataforma em que indivíduos, crentes na ideia e pacientes quanto à
luta, sejam capazes desse tipo de dedicação que só em tempos de outrora havia,
e era bom. Hoje, opositores se resumem a desafetos que, no íntimo, alimentam
grande esperança de um dia fazer parte do grupo do atual gestor. A política
morreu, ao que parece, a política como grande ideal acabou.
Por sua
vez, o, prefeito Juviano Lincoln, como não é mais candidato a reeleição (porque
a legislação não o permite), observa o tempo passar, até o momento nenhuma ação
brusca aconteceu na cidade, a não ser os serviços essenciais que outrora
acontecia. Nem mesmo a sua equipe foi montada e já estamos quase no final do
mês de janeiro.
Quem
terá musculatura política para se opor a essa administração, a essa maneira de
ser?
Ainda
há, creio, alguns vereadores que se mostram como oposição, mas será que
agüentarão quatro anos na, praticamente, obscuridade enquanto Juviano seguirá
em diferentes ações? Haverá tenacidade desses parlamentares para tanto? Será?
Penso
nessas coisas, pois quando vejo o que hoje, em diferentes lugares e não apenas
em Diamantino, chamam de oposição, sinto-me triste com o que olho. E sei que
uma oposição de verdade é algo bom para a democracia, algo bem melhor que o
“rasga-rasga” de certas disputas, práticas obsessivas as quais certos políticos
chamam de política.
Ainda há tempo, afinal estamos só no
início, mas, de minha parte, não acredito que os ares da política
partidária exalem melhor perfume nos próximos tempos, isso tanto em nível local
como em nível geral. Os embates entre situação e oposição tendem a ser o que
temos visto: não um embate de ideias e propostas, mas uma espécie de
enlouquecimento, falta de senso. Sai-se melhor nesse embate, claro, quem está
na situação e realiza o que o povo precisa. Portanto, diante do tipo de oposição
que o prefeito Lincoln tem, ele, se nada
lhe retirar do cargo, pode se despreocupar, pois chegará ao final desse mandato
com um índice de popularidade no alto.
Ou será que não? É esperar pra ver.
TEXTO ADPATADO O ARAIBU.
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